Jorra em graus assimétricos, Vertente progressista, Esbanja aos litros, vidas e sonhos, Escorre como nascente infinda, Até que o rosto pálido e sem vida, Sorva de seu último suspiro.
Toda vez que os olhos se fecham, Segundos passam, Uma vida esvai, outra vida vêm, No mar infindo de possibilidades, Sabe-se lá qual oportunidade deixou-se passar.
Sem o que falar, Fita-se mudo aquele sentido que antes brilhava, Sem o que ouvir Deixa-se de lado aquilo que antes lhe tomava a atenção, Sem o que tocar, Esquece-se aquilo que existe por debaixo da pele Sem o que sonhar, Permita-se deitar, dormir e nunca mais acordar.