Crônicas, Contos e um pouco de Poesia.

Saturday, January 26, 2008

Continuar ?

Inquietos....... já perdemos o teto.....
Em meio a anseios....criamos doces devaneios
Dançamos sem jeito.... pois calçamos os medos
Em tola esperança.... depositamos crianças
Já não me importa o depois.....sorvo o que posso agora..
Enquanto rugimos... como animais enjaulados
podemos crer.... no deus enferrujado....
Já não atendem telefones..... já não se sopram mais balões.......
Depois de um ponto.... respiramos por respirar......
Deixem-me onde estou... deste ponto eu não ouso passar

Declínio

Quando o sangue.... deixa de ser mais que necessário...
Quando o ar.... se torna denso e áspero
Quando as aspirações.... se perdem em fúteis expectativas
Quando a última fogueira apagou ?? Quando a última música tocou ???
Quando o último poeta for enforcado..... será em um céu azulado
Quando nossas ambições suprirem necessidades....
Terão devorados todos os corações...
Porque o fim... já veio e passou...
O que nos resta... são restos... de nós mesmos....
Espelhados em palmas pálidas.....
que o fogo de nossas máquinas... não deixem esfriar.... nossas vãs almas.....

Wednesday, January 16, 2008

Instante

Você sabe o que este momento significa,
Toda pessoa viva, é toda pessoa que irá morrer,
No distante instante, o dia vai embora sem lhe perguntar nada.
Você sabe o que este momento significa,
Algo não dito, algo que não se deve lembrar,
No instante adiante, você tenta sentir o tempo se aproximar.
Você sabe o que este momento significa,
Caminhos escolhidos, aquilo que você não se tornou,
Neste exato instante, eu não tenho mais nada a dizer.

O que quero

Chances vêm, chances vão,
Ao toque da tua pele,
Você sabe muito bem o que quero dizer.
Horas vêm, horas vão
A distância parece diminuir,
Você sabe muito bem o que eu quero.
Momentos vêm, momentos vão,
Os lábios parecem ansiar,
Você sabe muito bem o que quero dizer.
Um corpo vai, outro corpo vêm,
por cima ou por baixo,
Você sabe muito bem o que quero.
Palavras vêm, palavras vão
na firme certeza
De que você sabe muito bem o que quero dizer.

Time Back

O tempo passou, sabe-se como ele passa,
O tempo carregou, sabe-se que ele pode fazer sumir,
O tempo parou, sabe-se como ele pode confundir,
O tempo consumiu, sabe-se como ele pode devorar,
O tempo voltou, deve-se escolher novos caminhos ?

Velha

Envolve na tentativa de estancar,
Arrasta junto a si, aquilo tudo que não ficou para trás,
Exibe um vago sorriso, que escorre rumo ao amargo,
E no corte da língua, brota o sangue rubro,
Gota a gota, toca o solo em chiado ácido,
E nos dedos longos e carcomidos,
Memórias de uma alegria perdida.

Ó

Rapidamente devora,
Corre para o próximo,
Toda a vez que se finge,
Em vergonha resplandece,
O corpo que se adora.

Kabummm

No centro da terra fez KABUMMM
Tremeis mortais, tremeis mortais
Fim dos tempos, tempo de fim
No centro da terra fez KABUMMM
Dançais mortais, dançais mortais
Hit de última hora, hora do último hit
No centro da terra fez KABUMMM
E logo em seguida... silêncio.

Tuesday, January 15, 2008

Lá vem o velho.

Lá vêm aquele velho,
Cheio das certezas, carrega consigo um livro,
Vive a dizer-me, do tempo, dos gostares, dos valores,
Velho chato, que insiste em me podar,
Vive tentando me avisar, de que uma hora, velho eu vou ficar.

Raiva

Essa raiva que escorre pela minha garganta.
Vontade de mandar tudo a merda.
Vontade de que meus passos afundassem a terra em irá e rancor.
Essa raiva que desce pelas minhas costas,
Fazendo contorcer a coluna em ódio e dor.
Escuto contente o estalar de meus ossos,
E espero ansioso pela próxima brutalidade que minha mente é capaz de gerar.

Sunday, January 06, 2008

Sem título

O tempo que tenho,
Não cabe a mim saber, se longo ou curto,
Misturo a chuva com o sol, e lhe beijo a face.
Seguro-lhe a mão suada de sonhar,
Este é o tempo que tenho, este é o tempo que temos,
Os bons momentos, insistem em me viciar.
E mesmo perdido, eu sei que o dia ainda é meu, depois de cada beijo teu.

E ao fundo, escuto Beirut... e lembro de você.

Ir ou Partir ?

Para onde nós vamos ?
Ao fundo, alguma música me aperta a alma.
Nunca partiremos!
Esses sonhos, tendem a nos prender pela boca.
Para onde nós vamos ?
A minha frente, tantas memórias me impedem de seguir.
Nunca partiremos!
Aqueles dias bonitos, que talvez nunca voltem.
Aqui espero por eles.

Mudança

Quando eu era mais novo
Quantas vezes eu sonhei ?
Corria e voava, sem sequer saber,
Que os desejos mudariam.
A estação mudou,
E com ela, aquele que existia dentro de mim,
Nunca mais fora o mesmo.

Friday, January 04, 2008

Observação nº1















Aqueles que possuem um forte na cabeça,
Postam-se perante qualquer tormenta que venha de fora.

Imagem by:*day-light
>http://day-light.deviantart.com/art/ALoNe-73678379<


Existe Algo

Existe algo,
Que circula em meu peito,
Queimando meu corpo,
Impulsionando minha alma,
Alguns chamariam de desejo,
Outros chamariam de paixão.
Repleto de cores,
Repleto de sabores,
Faz tremer,
Faz querer,
Alguns chamariam de amor,
Outros chamariam de loucura.
Explode em meus sonhos numa cor branca,
Implode em meu peito, as vezes como saudade tamanha,
Alguns chamariam de ansiedade,
Outros chamariam de gostar.
Existe algo,
Que me eleva as vontades,
Que extrapola minhas vivências,
Me faz não hesitar,
Me faz não querer temer,
Alguns poderiam chamar de sonho,
Mas eu, simplesmente chamo de você.

Guarde-me

Envolva-me em teus braços,
Guarde-me em teu peito,
Não tenho selo de garantia,
E sou cheio de defeitos.
Envolva-me em teus dedos,
Guarde-me em tua alma,
Sou alérgico a hesitação,
E tenho pavor ao tempo que se demora.
Envolva-me em tuas pernas,
Guarde-me em teu quadril,
Sou sedento por teu corpo esguio,
Sou fascinado por tua cor branca.
Envolva-me em você,
Guarde-me em você,
Porque eu sou todo seu,
Porque eu sou todo seu.

Frio

Engasgo no peito,
Esvai-se por entre as falhas de meu corpo,
A alegria e a dor.
Queria eu poder sempre sorrir,
Queria eu poder sempre chorar,
Queria eu poder sempre escolher.
Mas é certo, não vou mentir,
Que o frio que vem de fora,
Este, infeliz, sempre me devora!

Longe de mim

Vai, vai logo,
Não me venha com este teu cortejo juvenil,
Que tenta se fazer doce, que tenta se fazer adulto.
Pois ao encarar os olhos (teus),
Sequer consegue se achar,
Uma certeza,
Um sonho,
Um amor,
Portanto, vai, vai logo, morre longe de mim.